segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Liberdade e Asa

Autor desconhecido (contém hiperligação de origem)

Olho-te nos olhos e sinto-me entorpecer, lânguidos bigodes sentem estremecer e miro, lasciva, todo o teu ser.
O teu nome é Liberdade, o meu é Asa e quero-te!
Mais do que querer, preciso!


Preciso dessa corrente que potencia a energia alada que me percorre. Flutuo rumo ao desconhecido, ninho que me espera desde que a esta terra desci.


Sou das Terras Altas, onde os espíritos não têm invólucros e as penas são apenas ferramentas e não máscaras que disfarçam a essência dos seres.
Liberta-te do sarcasmo que te aprisiona e sopra para que tenha paz. Sinto-te quente por entre as asas, elevando-me, empurrando-me para longe da multidão.
Isola-me e a sós somos Liberdade e Asa, seres simbióticos, numa relação ancestralmente concubina.

Sim, não concebo liberdade que não confira asas e nem asas que voem sem serem livres.
Eu, Asa, estou nas Terras Altas e tu Liberdade onde estás?
Espero-te para poder partir!

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