A Alma vagueia na
imensidão das horas, nas verdades que busca e que perde ao regressar. Vigilante traça voos
imaginários, como uma ave engaiolada, na agitação frustrada das suas asas. O coração dorme agitado com consciência do vazio, acumulando aveludadas tristezas.
Todos nós nascemos
cativos, aves de gaiola. Mas existem momentos, subtis minutos, em que a
liberdade toma por referência a expressão da alma, como um sonho que se tem e que não se
esquece.
A Alma não dorme, regressa
ao movimento dos lábios adormecidos. No gesto involuntário do despertar, solta
num murmúrio a verdade que encontrou e que da qual se despede,
«Meu amor, a tua felicidade, longe das
minhas mãos, anoitece...»
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