Um dia o vento soprou com tal intensidade
que pensei que me colhia, arrancando-me pela raiz. Resisti, ora abraçando o
solo, ora erguendo os braços como bandeiras da minha forte vontade.
Era um vento passageiro, propício a todos,
os que de olhos postos no horizonte, não fixam raízes… Vi-os partir, na
corrente que se desconhece a origem e que ninguém sabe para onde
vai. Apenas sabiam que era feita de ar, da mesma matéria dos sonhos, e
isso bastou-lhes.
Eu fiquei... «Resisti!»
[Loucos
aventureiros!] - Pensei, enquanto justificava a minha solidão.
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Ema Moura |
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