quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Livre

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Livre do teu encantamento
tu, cujo brilho no olhar
era espelho do meu sentimento

Livre do teu feitiço estou
tu, cuja alma impura
tanto me atormentou

Não te odeio porque não sei odiar
e se te odiasse apenas seria outra forma de amar
Eu não quero nada teu, nada que te tenha pertencido
tudo o que tocaste é um fruto apodrecido

Não, não guardo rancor
se guardasse seria guardar amor
No teu lugar colocarei uma árvore
majestosa e irresistível a qualquer ave

Nos céus estico as minhas asas
voo cruzado de olhos fechados
Mente que se abre, coração que recebe
desejos há muito negados

Livre do teu encantamento
tu, cujo brilho no olhar
era espelho do meu sentimento

Livre do teu feitiço estou
tu, cuja alma impura
tanto me atormentou

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