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Arde a madeira na fogueira e a pele se estende em torno do braseiro, é o meu regaço que te faz sentir em casa, sou eu o teu mundo inteiro.
No gesto a paixão ardente que me despe solenemente. Na boca a palavra que me seduz e nos teus braços o arrebatamento que me transporta.
Na muralha esperei ver-te chegar do campo de batalha, coberto de sangue e nos olhos o terror de me deixar indefesa.
Sim, espero por ti amor.
Se dispo o kimono, deixo alva a lua no meu corpo e o teu olhar cintilante vê em mim o esplendor.
Sim amor, espero-te!
Serei nos teus sonhos sempre jovem. O nosso jogo um bailado. O amor esse é trágico como o destino que a todos guarda.
Sim amor, espero por ti ainda que sabendo que definho e quando chegar a hora serei a última estrela a despedir-se do dia.
Amanhecerei eternamente para que no campo de batalha te guarde. Combate antes do raiar do dia, porque é durante a noite que tenho mais força.
No crepúsculo dos teus sonhos entrarei na tua tenda e de olhos no teu rosto, perdida no perfume do teu cabelo, o meu corpo será um arco e a tua flecha o meu alvo perfeito.
Brande aos céus pela vitória que te anuncio, derrama o sangue que lavo com as minhas lágrimas.
O meu nome é aquele proferirás, ontem Manuela, hoje Beatriz.
Serei todas elas e nenhuma te fará mais feliz.
Descanso em paz, porque um dia chegarás, ainda que nesta vida já não tenhas tempo.
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