quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Insanidade

Autor desconhecido (contém hiperligação para a página de origem)

Não sei quanto tempo disponho
e fracamente nada disso me preocupa.
O não viver a cada dia e um ocultar de emoções a cada hora
é que se torna uma verdade que não se sustenta.

Qual o verdadeiro preço a pagar?
O meu orgulho?- Nunca me deu o queria!
Os meus sonhos? - Nunca passaram de ar colorido.
A minha alma? - Essa nunca foi minha para dar.

Qual o poço ou subterrâneo que me permite o esquecimento
Qual montanha a escalar para que tenha fim o sofrimento?
Não sei quanto tempo mais disponho e que vida terei afinal
Apenas me pergunto qual o preço do deleite, qual a causa do meu mal?

Sinto-me um quadro sem cor, que facilmente se tinge de vermelho
Rubor e sobressalto, como se fosse infante,
Desejos proibidos, beijos roubados, pressionados, brincadeiras, sorrisos
Qual o preço a pagar por um instante?

A minha vida presa por um fio e de tal forma suspensa
é uma enorme lista do que gostaria de fazer,
maior é aquela do que poderia ter, entretanto, feito.
São escolhas...de certo nunca pensadas no meu prazer.

O caos e o vazio se confundem, ambos me disputam
mas nenhum me traz a paz que necessito,
nem sacia a fome que trago e que sinto!

Eu vou contigo! Grito devolvido pelo eco
enquanto me atiro nesse negro abismo,
sem para-quedas, sem corda de segurança.
Dá-me só o que preciso!

Se não me devolves a alma
pelo menos, cuida dela.

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