quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Confissões de um conquistador

No mundo que piso sou prático.
Acredito apenas no que vejo e no que sinto,
Crio as minhas rotinas e sou-lhes fiel!

Mas, como a maioria dos homens, vivo o momento.
Travo outros conhecimentos, outras companhias....
Mulheres em cápsulas de adrenalina, injecções de vaidade.
Alimentos para um apetite que se sacia e logo se farta.

Sou um homem de poucas palavras.
O flirt é pobre em vocabulário,
O que não digo é parte do encanto.
Agrada-me que completem os espaços em branco.

Mulheres, troféus de saliva na boca amiga,
Gargalhadas cúmplices de cervejas molhadas.
Contos do tremoço que se cospe para o lado,
Partilhas normais entre camaradas.
É assim que começa…
É assim que acaba!

Surpreendem-me aquelas que falam de mim
como se vissem além do que eu vejo...
Mas tudo o que lhes deixo, de tão superficial,
faz da profundidade um lugar desabitado.
Na verdade, nem mesmo eu lá vou…
Quem saberá como sou?

O engano não é meu, acreditem!
Sou marido de uma, mas homem de muitas...
Nada deixo ao acaso, nos desvios da minha rotina fingida.
Passos que dou apenas na areia de praia,
Que se o vento não apaga a prova, o mar leva-a…

Autor desconhecido (contém hiperligação para a página de origem)