quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Travar a chama


Se eu pudesse dava-te caça, atirando a matar
e as lágrimas derramadas seriam de alívio.
O meu peito encher-se-ia de ar e respiraria
ardendo, por uma última vez, por algo sem sentido.

Se a paixão fosse varrida da face deste mundo
poderia ignorar o vulcão que ruge e te reclama,
Jamais sentiria a dor do brasão marcado na alma
e a minha pele deixaria de dizer que te ama.

Se eu pudesse dava-te caça, sufocava-te
esvaziando o meu peito num suspiro,
ainda que ame a dor que sinto
magoa-me mais, amar-te sem sentido!

Não tenho ilusões, não te elevei à condição de santo
Amo todos os teus defeitos!
Como se tivesse nascido para os adorar
Detalhes de ti que te tornam perfeito!

Ainda assim, pela sede que me provocas
pela loucura que me inquieta,
pelo desejo que me faz tremer
matar-te-ia se pudesse travar a chama!

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