sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mastigo-te!

Autor desconhecido (contém hiperligação para a página de origem)
Estranha felicidade ao sentir que é possível
diluir-te no meu dia-a-dia e tomar apenas uma dose de ti.
Sim, é verdade que ainda não acabei com o meu vício
Mas já não mudo as cores para as melhor poder digerir.

Mastigo-te! Parece-te estranho?
O maxilar já não prende
e o engolir já não custa tanto!

Consigo recordar sem tristeza ou amargura
algo que estalava de dentro para fora
Um peso que me embargava a voz
Uma dúvida que não ia embora

Sim, é verdade todo o bloqueio tem os seus motivos
Incertezas com as quais não podemos viver
São fios que deixamos enrolados nos tornozelos
São correntes que não se deixam ver.

Mastigo-te! Parece-te estranho?
O maxilar já não prende
e o engolir já não custa tanto!

O medo da desilusão, que foi um dia a razão,
foi substituído por desprezo pela nossa incompetência
Sim, é verdade existem tarefas do destino a realizar
Passos d’Alma que requerem alguma veemência.

Mastigo-te!
Parece-te estranho?
Sim, consigo suportar.

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