domingo, 8 de maio de 2011

Uma verdade trancada...

Olha para mim e diz-me o que não vês...
Sou como um segredo fechado a cadeado...
Não morro e não mudo...
Luto!

Travo uma batalha contra as outras cores...
Teimam em pintar uma outra verdade,
um outro segredo para o meu lugar...
Como se os factos mudassem num colorir de face...

Se lhes fizesse a vontade, seria livre...
Não mais dormiria só, num lugar trancado
Se me deixasse pintar, era verdade de todas as bocas
Um segredo por todos, partilhado...

Mas eu... «Olha para mim...»
Eu não sou um segredo pré-fabricado!
Diz-me o que em mim vês...
O que não vês em qualquer outro lado?

Não sou um segredo do mundo!
Não vos prendo pelo meu encanto...
Sou uma verdade trancada,
esquecida no meu recanto...

Olha para mim e diz-me o que não vês...
Sou como um segredo fechado a cadeado...
Não morro e não mudo...
Luto!


Obrigada Margarida Castro pela música que o inspirou!

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