terça-feira, 28 de abril de 2015

Ainda que seja infinito




Sim, uma vez amado, o amor perdura no infinito,
ainda que acabe e entre nós, acabou.
Não há porta aberta ou entreaberta
que o desengano bateu e a mágoa fechou.

Verdade: o céu era pouco para o que eu sentia
Não precisa evocar, não o esqueci…
… Esse fogo que em mim ardia…
[Que eu tanto… sempre… Céus! Eu queria…]

Sim, o teu veneno, esse orgulho de predador
Devorar o que era ainda inocente
Jogar, como se não te importasses,
Crês que esqueci? Que estou demente?

As bocas que beijastes, eu limpei ao olhar no teu rosto
As camas onde te deitastes, até tu esqueceste…
Chamaste-me de embriaguez carnal, fome dos sentidos
E foi real e foi intenso, e eu perdi e tu perdeste…

Tu me querias… Verdade, tu me tiveste…
Tivesse sido nosso segredo
Preferiste que fosse história de jogador
Trunfo ou troféu, jogo sem glória.

Não, não te concedo e nem concebo
Não me fales de amor!
Era nosso e… acabou…
[Ainda que seja infinito]






Inspirado no poema "Vê como penso", de Geraldo Coelho Zacarias, publicado na PEAPAZ 




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