terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ofélia

Hoje, sou manta morta,
não sinto mais.
Hoje sou massa disforme
preenchida por um turbilhão de ecos vazios,
gestos retorcidos que não formam coisa alguma.

Hoje, o meu ritmo cardíaco é fraco
assim como é o volume da minha voz
Perco a vontade, escapa-se-me a vida...
Sem razão não vivo!
Sem esperança deixo-me ficar...

Hoje, a minha pele não reage
Não treme, não arrepia...
Como me sinto à deriva,
penso que há muito morri
e que o não sabia.

2 comentários:

  1. A morte da alma é mais terrivel que a morte fisica. Quando o fisico morre é sempre na esperança de que a alma viverá no seu esplendor máximo... quando a alma morre, o fisico deixa de viver e passa somente a sobreviver...

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  2. O blog está vivo amigo Emerson! Grata pelo comentário!

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