segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Confesso

Solto o cabelo e ofereço-o ao vento
Dispo as palavras com que me visto
Mergulho no chão do cristal que piso
Agarro um reflexo que não é meu

Levo-o à boca, provo-te
Tem o sabor da chuva que o meu rosto beija
Água da nascente do olhar
que tudo viu e tudo perdeu

Parto de mãos vazias, de pés descalços
Lábios selados pela prece
Segredos, gravo no desejo imenso
Palavras sufoco para não dizer:

Confesso-te, metade de mim
Confesso-me, parte de ti
Se me procuro, encontro-te!

Solto o cabelo e ofereço-o ao vento
Dispo as palavras com que me visto
Mergulho no chão do cristal que piso
Agarro um reflexo que não é meu

Levo-o à boca, provo-te
Tem o sabor da lua que o meu corpo mima
Espelho do olhar que espera ver-te chegar
Sonho que agarrei para me sentir

Parto de mãos vazias, de pés descalços
Lábios selados pela prece
Segredos gravo no desejo imenso
Palavras sufoco para não confessar.

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